
Simulacros de Emergência em Portugal: A Sua Equipa Está Realmente Preparada?
Um Plano de Emergência Interno é obrigatório, mas não chega. Descubra porque os simulacros são essenciais para a segurança da sua empresa e o que a lei exige.
Ninguém está à espera de um terramoto, mas é exatamente por isso que os simulacros existem.
Pode ter as melhores rotas de evacuação desenhadas, os extintores certificados e as saídas sinalizadas. No entanto, quando um alarme toca a sério, as pessoas não param para consultar um documento. Agem por instinto, por hábito. É aqui que um simulacro faz toda a diferença.
O Que Diz a Lei em Portugal?
O Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios (RJ-SCIE) é muito claro. Para a maioria dos edifícios não habitacionais (escritórios, armazéns, lojas, indústrias), ter um Plano de Emergência Interno não é uma opção, é uma obrigação.
Mas o plano, por si só, é apenas papel. A lei exige que ele seja testado. A periodicidade mínima para a realização de simulacros é:
- 1 ano para edifícios de risco elevado.
- 2 anos para edifícios de risco moderado.
O incumprimento não é levado de ânimo leve. As coimas podem ir de 2.500€ a 44.000€, e em casos graves, pode levar à interdição do edifício. Contudo, o verdadeiro custo não está na multa, mas no que acontece numa emergência real quando ninguém sabe o que fazer.
Um Simulacro Eficaz é Mais do que "Tocar o Alarme e Sair"
Um exercício de segurança bem executado é um processo controlado que testa a eficácia do seu plano. Inclui:
- Planeamento: Definição do cenário, dos objetivos e coordenação com as equipas internas.
- Execução Controlada: Ativação do alarme, evacuação dos espaços, verificação de tempos e teste dos procedimentos definidos.
- Observação e Avaliação: Responsáveis de segurança observam a reação das equipas e identificam falhas e pontos fortes.
- Relatório Final: Um documento escrito (obrigatório por lei) que resume o exercício, aponta as falhas e recomenda ações de melhoria.
O resultado é uma equipa com reflexos, que sabe para onde ir, o que fazer e a quem reportar, não porque leu num manual, mas porque treinou para isso.
Tipos de Simulacros a Considerar
Embora o de incêndio seja o mais comum, existem outros cenários que podem ser cruciais para a sua empresa:
- Incêndio: O mais comum e geralmente obrigatório. Testa os alarmes, as rotas de fuga, os pontos de encontro e a atuação das equipas de primeira intervenção.
- Sismo: Altamente recomendado em Portugal. Treina os 3 gestos que salvam vidas: Baixar, Proteger e Aguardar.
- Emergência Médica: Prepara as equipas de primeiros socorros para reagir a um acidente, enfarte ou paragem cardiorrespiratória.
- Fuga de Produtos Químicos: Essencial em indústrias de alto risco. Foca-se em procedimentos de contenção, descontaminação e evacuação.
A questão não é se vai acontecer uma emergência, mas se, quando acontecer, a sua equipa está pronta. Os simulacros não são burocracia. São ensaios para o dia em que algo corre mal. E nesse dia, não há tempo para ler o plano. Só há tempo para agir.
Se quiser garantir que a sua empresa está em conformidade e preparada, podemos ajudar. Planeamos e executamos simulacros ajustados à operação, com relatório completo no final.
Caso precise de mais informações estamos à disposição através do telefone : 241331504 ou do nosso e-mail: info@medisigma.pt
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